Nada

Nada que me afete.

Esvaiu-se por alguma rua tão comum

Que nem me perguntei o motivo de ter ido por ali...

Em alguns momentos pensei tê-lo visto passar por perto

No impulso de segui-lo, rapidamente virei para o lado para passear as mãos pelos cabelos.

E quando retornei o olhar, tinha-o perdido de vista.

Assim aconteceu sucessivamente.

Fui perdendo-o de vista...

E nunca mais eu o vi. Nem o quis.  

Na casa, silêncio.
Era só vontade de ir
que passou...

Querência

Aqui não tem horário de verão, verás.

Aqui o sol arde e queima como ele planejou.

O solo, às vezes seco, parece rude, mas tá sempre ao alcance dos passos de quem quer seguir.

Como disse, também sou louca, mas muito de mulher certa – não santa – eu posso lhe oferecer.

Tiro esmaltes e batons vermelhos – só uso quando convier.

Me mudo pra lugar seguro, faço do seu o meu mundo, te sigo por onde for. Posso ficar também. Posso ir... Estarei sempre na sua companhia te fazendo feliz.

Quero ganhar menino, moço. Querência assim não tem perna fechada que segure não.

É você vindo que a gente faz.

Passagem

Eu, quase morta, agora sei, sou outra.