A mesa já tem suas marcas.
A mesma mesa aqui na sala.
Se ela pudesse contar o que já suportou,
desde quando só madeira fugindo do lenhador.
Depois veio o desprezo, não era ela quem eu queria
como companheira das horas de criação e bizarrias.
Mas ela foi se acostumando, fazendo parte daqui,
então se tornou tão útil que não a deixo mais sair.
Vive cheia de coisas por cima, cigarros e psicodelias,
mas de todas, a mais importante:
sustenta minha poesia.
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