Nossa
própria companhia é algo que mora muito além do breve e que vai se apresentando
à medida que nos aproximamos dela.
A companhia
que oferecemos para o outro é uma; é outra para quem recebe e fica com ela; uma
é a companhia que se oferece pela primeira vez, outra é a que se desiste de
doar para sempre; e todas elas nada alcançam da companhia que podemos nos
oferecer.
Por mais longe que a atribulada função de doador de companhia nos leve, tutelamos de modo interno vontade silenciosa do encontro com nós mesmos.
Por mais longe que a atribulada função de doador de companhia nos leve, tutelamos de modo interno vontade silenciosa do encontro com nós mesmos.
Então
dedicamos horas de nossas vidas a simulações, sem valor, de algo que se
assemelhe a conhecimento de si próprio, a ritos de doações internas que
consomem fronteiras e cegam o silêncio. Tanto que se pergunta se o verdadeiro
encontro é de fato o entrar em si e não o ato de expelir.
Para
que a busca da consciência do eu individual torne-se uma constante silenciosa é
preciso que se dedique tempo ao esquecimento.
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